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Química e Saneamento: uma conexão essencial para a saúde pública e o meio ambiente

Por Ana Paula Sayd | Técnica em Química e Conselheira Federal

Foto do palco durante palestra do 33º Congresso da Abes.



O saneamento é, por natureza, multifacetado. Sua complexidade vai muito além do fornecimento de água — envolve etapas interconectadas e interdependentes que sustentam pilares fundamentais para a saúde, o bem-estar e o meio ambiente.

Os pilares do saneamento básico

Entre as principais áreas que compõem o saneamento, destacam-se:

  • Fornecimento de água potável – envolve captação, tratamento e distribuição de água com qualidade para o consumo humano.
  • Tratamento de esgoto – coleta, transporte e tratamento de efluentes domésticos e industriais para remoção de poluentes.
  • Destinação adequada de resíduos sólidos – abrange desde a separação na fonte até a disposição final ambientalmente correta.

Além desses eixos centrais, o saneamento também inclui:

  • Drenagem urbana
  • Manejo de resíduos perigosos
  • Educação sanitária e ambiental
  • Aspectos regulatórios e institucionais
  • Variáveis econômicas e sociais

Trata-se, portanto, de um setor técnico, estratégico e multidisciplinar — onde a Química desempenha um papel insubstituível.

O profissional da Química no coração do saneamento

A atuação do profissional da Química está presente em todas as dimensões do saneamento. É ele quem assegura a eficiência, segurança e sustentabilidade dos processos, desde o tratamento da água até a remediação de áreas contaminadas.

1. Fornecimento de Água Potável

  • Tratamento químico da água: definição e operação dos processos para remoção de sedimentos, metais, microrganismos e compostos tóxicos.
  • Análises laboratoriais: controle da qualidade da água em todas as etapas.
  • Seleção e dosagem de reagentes: coagulantes, desinfetantes, corretores de pH.
  • Otimização e pesquisa: desenvolvimento de tecnologias sustentáveis e de maior eficiência.
  • Responsabilidade técnica: laudos, relatórios e conformidade com os padrões legais.

2. Tratamento de Esgoto

  • Caracterização dos efluentes: identificação dos poluentes orgânicos e inorgânicos.
  • Escolha dos processos: desde tratamentos físico-químicos até biológicos.
  • Monitoramento de efluentes tratados: garantia de que os parâmetros de lançamento são respeitados.
  • Gestão do lodo e remoção de poluentes emergentes: tratamento, valorização e mitigação de riscos ambientais.

3. Destinação de Resíduos Sólidos

  • Caracterização química dos resíduos: identificação de perigosidade e potencial de reaproveitamento.
  • Tratamento e valorização: processos químicos e térmicos para neutralização ou reciclagem.
  • Monitoramento ambiental: controle da qualidade do solo, água e ar em áreas de disposição.
  • Remediação de áreas contaminadas: descontaminação de ecossistemas afetados.

Um elo essencial para a saúde e a sustentabilidade

O profissional da Química é protagonista silencioso de grandes transformações. Sua atuação garante a qualidade da água que bebemos, a integridade dos corpos hídricos e a destinação adequada dos resíduos que produzimos.

Sua presença técnica e científica é decisiva para:

  • a saúde pública
  • a preservação ambiental
  • o uso sustentável dos recursos naturais

Sem o trabalho qualificado dos químicos, o saneamento – em toda sua complexidade – seria irremediavelmente comprometido.

Fonte: https://cfq.org.br/noticia/quimica-e-saneamento-uma-conexao-essencial-para-a-saude-publica-e-o-meio-ambiente/

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