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Pesquisadoras maranhenses desenvolvem bioproduto inovador no combate à dengue

O projeto, executado por Thaylanna Lima, aluna de Química Industrial, e Marcelle Ataíde, estudante de Química da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), sob a orientação do professor Dr. Victor Elias Mouchrek Filho e do supervisor de pesquisa e doutorando do Programa de Pós-Graduação em Química, Prof. Me. Gustavo Oliveira, resultou no desenvolvimento de um bioproduto capaz de combater as três fases do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.

Financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), os estudos foram conduzidos no Laboratório de Pesquisa e Aplicação de Óleos Essenciais (LOEPAV/UFMA). Iniciados em julho de 2022, foram concluídos em novembro de 2023, com o desenvolvimento do produto, que começou a ser testado em 2024.

Nanoemulsões
Utilizando óleos essenciais extraídos por hidrodestilação de plantas nativas do Maranhão, como Alpinia zerumbet, Syzygium aromaticum e Dysphania ambrosioides – conhecidas popularmente como jardineira, cravo-da-Índia e mastruz – as pesquisadoras transformaram esses extratos em formulações bioativas na forma de nanoemulsões. “As formulações apresentaram ação em todas as fases do mosquito Aedes aegypti, trazendo, assim, uma perspectiva alternativa para o controle e combate desse vetor, de forma ecologicamente segura e economicamente viável”, explicou Thaylanna.

Toxicidade
Durante a pesquisa, foram realizados ensaios de toxicidade prévios e aplicadas as nanoemulsões em diferentes concentrações nos grupos da espécie na forma adulta, larva e ovo do mosquito. “Todos os óleos essenciais e nanoemulsões tiveram suas composições químicas analisadas por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa, além de terem sido submetidos a ensaios de toxicidade prévios”, destacou Marcelle.

Controle das arboviroses
Além de oferecer uma alternativa para o combate ao Aedes aegypti, o estudo também priorizou a segurança ambiental e a viabilidade econômica. Sobre isso, Thaylanna ressaltou a importância da pesquisa. “Normalmente, esse tipo de pesquisa surge da necessidade de combater e controlar os crescentes casos de arboviroses, tanto no Maranhão como no Brasil”, acrescentou.

Casos no país
Os dados alarmantes revelam uma situação preocupante no Brasil. De acordo com o Painel de Monitoramento de Casos Arboviroses, divulgado pelo Ministério da Saúde, até a última quarta-feira (10), o país ultrapassou a marca de 1 mil óbitos por dengue, com mais 1531 casos em investigação. Em 2024, em apenas 13 semanas, o país já acumula um aumento que supera os anos anteriores, somando mais de 2,6 milhões de ocorrências prováveis.

Fonte: https://cfq.org.br/noticia/pesquisadoras-maranhenses-desenvolvem-bioproduto-inovador-no-combate-a-dengue/

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