O pontapé inicial para que o tema entre no radar já foi dado – um workshop chamado “Gestão de Riscos” foi realizado entre os dias 12 e 14 de setembro, em Brasília, e contou com a presença de servidores e presidentes dos 21 Conselhos Regionais de Química –, mas a expectativa é de que outros encontros sejam organizados nos próximos anos.

A temática da gestão de riscos no serviço público foi percebida primeiramente a parti da Instrução Normativa Conjunta MPOG – CGU, de 10 de maio de 2016, sendo intensificada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que passou a exigir capítulo específico nas prestações de contas anuais no formato de “Relato Integrado”. Esse tem sido o padrão para o CFQ e para os CRQs desde 2018 e é crescente o interesse dos regionais em se aprofundarem no tema. Para tanto, o Colégio de Presidentes – instância que reúne os presidentes dos CRQs – solicitou ao conselho federal algum tipo de treinamento para qualificar seu pessoal. A presidente do Conselho Regional de Química da 19ª Região (CRQ XIX – Paraíba), Raquel Lima, afirma que a gestão de risco é um aspecto que cada vez mais se fará presente no horizonte do Sistema CFQ/CRQs.

“É uma missão bem audaciosa, porém, isso está dentro de nós. Dentro dos preceitos do Planejamento Estratégico do Sistema CFQ/CRQs, é uma lição muito positiva de tudo que foi visto ao longo dos dias de encontro. Todos os Regionais saíram com uma ideia bem definida da sua gestão de risco, os pontos que eles precisam implementar e aprimorar. A ideia da gestão de risco foi muito bem aceita por todos os regionais”, afirma Raquel.

Palestrante, idealizador do workshop “Gestão de Riscos” e entusiasta de primeira hora do tema dentro do Sistema CFQ/CRQs, o chefe da Controladoria do CFQ, Leonardo Nunes, explica que a concepção do encontro era manter o foco dos participantes e discutir menos questões teóricas e programáticas do tema e focar naquilo que realmente importa, a aplicação prática dos preceitos.

“O trabalho foi construído a partir da realidade do nosso Sistema. Nós pegamos todas as melhores práticas, a ISO 31000, e a partir daí nós criamos uma modelagem voltada para nós. O impacto prático disso é direto. Uma vez que os riscos estejam mapeados e os regionais tenham a oportunidade de trabalhar em ações de mitigação, ficará muito mais fácil para eles realizarem o seu planejamento institucional. Definitivamente, poderão tomar decisões técnicas baseadas em riscos”, pontuou Nunes.

Temática da Gestão de Riscos será retomada em novo evento

?Para o chefe da Controladoria, foi possível avançar consideravelmente na abordagem da gestão de riscos, mas o desafio agora é fazer o acompanhamento da aplicação prática dos conhecimentos trazidos. Para tanto, a proposta é realizar um novo evento em 2024 para avaliar o andamento dos trabalhos e promover eventuais correções de rumo e aprofundamento no tema para aqueles CRQs que assim desejarem.

?“Eu diria que o Sistema estava num grau inicial e, na minha percepção, vários CRQs avançaram a um grau intermediário. Nós temos uma expectativa muito grande que em 2024 nós possamos ter um novo evento deste, mas com uma outra perspectiva, de que eles venham compartilhar as suas práticas, nos mostrar o que de fato aconteceu, o que mudou, no que a gente evoluiu e quais os próximos passos, o nosso mapeamento institucional”, concluiu.

Fonte: https://cfq.org.br/noticia/gestao-de-riscos-como-o-sistema-cfq-crqs-atua-para-avancar-e-qualificar-ainda-mais-suas-tomadas-de-decisao/