Institucional
Notícias

Caminhos da transição energética unem setor público e empresarial na COP28

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP28), sediada em Dubai, Emirados Árabes Unidos, proporcionou um palco vital para líderes do setor público e empresarial do Brasil discutirem a transição energética ecológica. Sob a moderação de Viviane Romeiro, do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), o painel, realizado na segunda-feira (4), contou com Viviana Coelho, da Petrobras; Cristina Reis, do Ministério da Fazenda; Bianca Conde, da Vale; e André Valente, head de sustentabilidade da Raízen, ampliando o entendimento coletivo sobre descarbonização e sustentabilidade.

Durante o debate, Viviana Coelho ressaltou os notáveis 92% de energia renovável na matriz elétrica brasileira e os 25% de biocombustíveis nos transportes. Por sua vez, Cristina Reis enfatizou as políticas governamentais para descarbonização, incluindo a regulação do mercado de carbono e o Projeto de Lei nº 412/2022.

Bianca Conde trouxe à tona desafios fundamentais, enfocando a complexidade da regulamentação e a necessidade de não restringir o debate apenas ao CO2, evidenciando as múltiplas oportunidades para a descarbonização.

André Valente destacou soluções de baixo carbono, apontando que o foco não deve ser a competição entre elas, mas sua coexistência. Ele delineou metas ambiciosas, como a projeção de cinco vezes mais bionergia em 2050 e um aumento de 80% na produção de energias renováveis pela Raízen até 2030. Também mencionou o PL do combustível do futuro e a importância de investir em circularidade e produtividade para produzir mais biocombustíveis e emitir menos carbono. Valente ressaltou, ainda, a relevância da agricultura de precisão e a necessidade de cada organização entender seu papel na transição.

O diálogo abordou também tópicos estratégicos, como o Plano de Transformação Ecológica, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e a atualização das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC) brasileiras. A NDC, atualizada em 2023, estabeleceu metas para reduzir as emissões em 48% até 2025 e 53% até 2030, em relação aos níveis de 2005, enfatizando a importância da constante atualização das NDCs.

De acordo com o painel, a expectativa é de que a transformação ecológica possa remodelar a estrutura produtiva brasileira. Nesse contexto, a taxonomia emergiu como um tópico relevante, com critérios para classificar atividades produtivas e financeiras como sustentáveis ou não, dividida em taxonomia binária e com sete objetivos ambientais e climáticos, além de objetivos sociais.

O debate sublinhou a necessidade de uma abordagem holística para alcançar a sustentabilidade, considerando, além das metas de redução de emissões, o impacto social e ambiental mais amplo das políticas e estratégias implementadas. A convergência de ideias e abordagens entre setores público e privado mostra um compromisso conjunto na busca por soluções sustentáveis que contribuam para uma economia mais verde e equitativa.

Fonte: https://cfq.org.br/noticia/caminhos-da-transicao-energetica-unem-setor-publico-e-empresarial-na-cop28/

Conselho Regional de Química 2ª Região

Minas Gerais

 Rua São Paulo, 409 - 16º Andar - Centro, Belo Horizonte - MG - 30170-902

 (31) 3279-9800 / (31) 3279-9801