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Belém sediará Conferência do Clima em 2025 e focará em inclusão e participação popular

O Brasil será palco da 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP), a COP 30. Em 2025, a capital do Pará, Belém, sediará as discussões sobre mudanças climáticas e garante que vem se preparando para o grande evento de forma inclusiva e com mudanças que vão beneficiar toda a população.

A temática foi discutida no painel “Belém rumo à COP 30: inclusão e participação popular”, durante a COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O Sistema CFQ/CRQs faz parte da delegação brasileira presente no evento, que segue até 12 de dezembro, e terá oportunidade de interagir com debatedores do Brasil e do exterior para levar a experiência dos Profissionais da Química nacionais na inovação e na busca de soluções sustentáveis.

O ministro das Cidades do Brasil, Jader Filho, reafirmou a importância de um estado brasileiro, especialmente da região Norte, sediar uma Conferência. “É muito significativo para nós sermos os anfitriões desse evento, de trazer essa discussão para o nosso centro. Estamos cientes da importância e do tamanho desse desafio, já que muitos nunca tiveram a oportunidade de estar em uma COP, e agora vão ter. É nosso compromisso, em especial com o pacto federativo, trazer essa discussão para nosso país. O Brasil voltou”, alegou.

Jader completou dizendo que “o Brasil não vai fugir de responsabilidades, temos um forte comprometimento com o tema das mudanças climáticas. Esse tema não é regional, é global. E queremos reafirmar nosso compromisso não só com discussões, mas com ações. Um exemplo disso é que, só neste ano, já reduzimos em 40% o índice de desmatamento na nossa floresta”.

Já o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, mostrou como a cidade vem se preparando para a COP, de forma inclusiva e participativa, por meio de ações urbanas que incidem sobre problemas enfrentados no local. Para isso, foi construído um Plano de Ação Municipal coletivo, com a participação, em especial, de minorias: o Inventário de Emissões de Gases do Efeito Estufa, em parceria com a entidade Governos Locais para a Sustentabilidade (ICLEI).

“Nossa preocupação é a inclusão social, é uma participação mais inclusiva mesmo. É muito importante para nós estarmos aqui para debater esse tema, mas quero dizer também que esse é o resultado de uma mobilização de estados, cidades, instituições, ONGs, mulheres, de todos”, elencou.

Antes de mostrar o inventário, Rodrigues falou da importância da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), uma iniciativa intergovernamental formada por oito países amazônicos (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela), tornando-se o único bloco socioambiental da América Latina. “Essa organização vai possibilitar um diálogo mais amplo e integrado de políticas urbanas sustentáveis”, completou.

Inventário
O objetivo do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa é identificar as fontes poluidoras na capital paraense. Além disso, pretende proporcionar uma base de dados para auxiliar a administração municipal na tomada de decisões e na implantação de ações concretas para a redução das emissões desses gases poluentes e, com isso, garantir um futuro sustentável e melhor qualidade de vida à população da cidade e das ilhas.

As fontes poluidoras identificadas estão reunidas em cinco grupos: energia estacionária (energia elétrica e combustíveis); transportes (consumo de combustíveis e energia por veículos); processos industriais e uso de produtos (transformações químicas ou físicas de materiais); agricultura, floresta e outros usos da terra (atividades agrícolas e pecuárias), e resíduos (resíduos sólidos e efluentes líquidos). “Esse é um projeto inclusivo, todas as comunidades estão participando desse levantamento e contribuindo para reduzir os efeitos climáticos no Brasil e no mundo”, ressaltou Edmilson Rodrigues.

“Será uma oportunidade de discutirmos, como líderes, da proteção da nossa floresta. Esse é um compromisso, não vamos escolher potencialidades e esconder problemas, queremos que o mundo entenda o que é a Amazônia. Esse é o nosso mundo e temos que colocar as nossas cidades à frente dessa discussão”, completou o ministro Jader Filho.

O painel teve, ainda, a participação de Júlia Gietl Gorayeb, chefe do Cerimonial da Prefeitura Municipal de Belém; Rodrigo Perpétuo, secretário-executivo do ICLEI América do Sul; e Jean Ferreira da Silva, membro do Comitê do Executivo da COP das Baixadas.

Sistema CFQ/CRQs na COP
Pela primeira vez, o Sistema CFQ/CRQs, que compreende o Conselho Federal e os 21 Conselhos Regionais de Química, participa de uma edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, realizada neste ano em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A entidade é a única entre os sistemas de conselhos profissionais a ser convidada para compor a delegação brasileira.

Participam da COP 28 o presidente do CFQ, José de Ribamar Oliveira Filho; o presidente do Conselho Regional de Química da 14ª Região (CRQ XIV – Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima) e coordenador do Comitê de Relações Institucionais e Governamentais do CFQ, Gilson Mascarenhas; o presidente do Conselho Regional de Química da 21ª Região (CRQ XXI – Espírito Santo), Alexandre Vaz Castro; e a presidente do Conselho Regional de Química da 19ª Região (CRQ XIX – Paraíba) e coordenadora do Colégio de Presidentes (Copresi), Raquel Lima, além da chefe de Comunicação do CFQ, Jordana Saldanha, do assessor de Relações Institucionais e Governamentais Antonio Lannes, e a secretária da presidência do CFQ, Daniela Zuque.

Fonte: https://cfq.org.br/noticia/belem-sediara-conferencia-do-clima-em-2025-e-focara-em-inclusao-e-participacao-popular/

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