O encontro se deu na manhã de quinta-feira (19/10). Na oportunidade, Djalma Nunes destacou que para o CFQ é essencial se aproximar e reafirmar parcerias com esses projetos, em eventos como a SNCT, devido à natureza do evento.

“A Olimpíada Brasileira de Química (OBQ) e a Olimpíada Nacional de Ciências são competições que aproximam a Ciência de professores, de estudantes e de toda a comunidade, provocando, assim, aqueles que não são químicos a se interessarem pela área, e os que são a descobrirem novas tecnologias, o que há de novidade, o que há de inovação. Então, essa é uma forma de colocar o CFQ mais próximo da sociedade também”, ressaltou o conselheiro.

Jean Carlo Catapreta, que também é vice-presidente da Associação Brasileira de Química (ABQ), revelou que o Sistema CFQ/CRQs apoiou todas as edições da Olimpíada Nacional de Ciências, tanto nos eventos nacionais quanto nos eventos regionais. De acordo com ele, a atuação do CFQ nesses eventos é fundamental para que eles possam acontecer.

“A participação do CFQ, tanto na Olimpíada Nacional de Ciências quanto em outras olimpíadas, tem ajudado a fomentar o ecossistema de olimpíadas no Brasil. Na última edição, teve 4,88 milhões de participantes em todos os estados do Brasil. Se você pensar que o Brasil tem 5,5 mil municípios e que a ONC esteve presente em 5 mil deles, isso é mais de 90% do total dos municípios”, frisou.

A Olimpíada Nacional de Ciências é composta de astronomia, biologia, física, história e Química. A participação na SNCT ocorre para divulgar a competição de Ciência. Jean Carlo menciona o desempenho nas redes sociais durante o evento como um fator impulsionador de inscrições na ONC.

Quimeninas
A coordenadora da Quimeninas, Patrícia da Luz, revelou que o projeto começou com o intuito de aumentar a participação das meninas na Olimpíada Brasileira de Química e que, além disso, está vinculado ao Programa Nacional da Olimpíada de Química.

Patrícia relembra da fala da Ministra do MCTI Dra. Luciana Santos, na abertura da mostra, sobre diversidade levar à excelência, para reforçar a relevância da Quimeninas.

“Esse projeto é um projeto incrível e muito importante. Este ano nós tivemos um volume de 43 mil inscrições nas olimpíadas. É voltado para meninas do 1º ao 9º ano, do ensino fundamental e do ensino médio, e na realização da prova nós tivemos em torno de 23 mil meninas participando. Então, o projeto Quimeninas vem justamente com essa temática do MCTI, fazer com que nós tenhamos esse olhar para as meninas na Ciência, para a menina na área de engenharia, para as meninas na área da Química, na área de informática e tecnologia”, destacou.

A coordenadora menciona as diversas frentes do apoio do Sistema CFQ/CRQs para justificar o sucesso, que tende a ser progressivo, da Olimpíada de Quimeninas. “A participação e o apoio de instituições como o Sistema CFQ/CRQs é de fundamental importância para que nós possamos ter uma olimpíada mais instrutiva, com um site mais bem elaborado”, afirma.

Ela completa, ainda, falando do envolvimento do público nas redes impulsionado pelo CFQ. “Então, no Instagram da Olimpíada de Quimeninas, nós tivemos uma participação enorme de meninas que quiseram fazer a olimpíada esse ano, e a contribuição do Sistema CFQ/CRQs e da ABQ faz com que nós tenhamos uma maior e melhor participação”.

O Conselheiro, Djalma Nunes, elucidou que o projeto é incrível pelo objetivo de trazer cada vez mais as mulheres para a Ciência e afirmou que o Sistema está à disposição para oferecer o suporte necessário para que o Quimeninas continue sendo realizado. “No histórico passado, as mulheres não participavam muito dessa área, hoje estão crescendo. A comunidade científica tem o conhecimento de que elas são aptas, competentes e essa mostra é um exemplo, temos muitas meninas competentes apresentando conteúdos interessantíssimos. Junto ao Quimeninas, vamos incentivar as meninas a cada vez mais entrarem na Ciência e aparecer”, reiterou.

Segundo Patrícia, o projeto tem tudo para dar certo conforme foi sentido no resultado do primeiro ano e conta detalhes, como fato de que as participantes medalhistas de ouro serão automaticamente inscritas na OBQ do ano seguinte. “Elas já estarão selecionadas. A participação delas é extremamente importante para que a gente eleve a participação das mulheres na ciência do Brasil”.

Na SNCT, a coordenadora compareceu com a proposta de divulgar o projeto ao lado da ONC, olimpíada já consolidada. Mas, para as próximas edições da mostra, revelou que pretende apresentar o Quimeninas em espaço próprio.

Visita da primeira-dama
Na manhã de quinta-feira, a 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia recebeu a ilustre visita da primeira-dama Rosângela da Silva (Janja), que visitou alguns estandes da mostra ao lado da ministra e anfitriã Luciana Santos. Na oportunidade, a Conselheira Federal Silvana Calado foi até a entrada do evento para cumprimentar e desejar boas-vindas em nome do CFQ.

Além disso, representando a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional (ABIPLA), Juliana Marra entregou na mãos da primeira-dama, um kit contendo o jogo “Mistura Explosiva”, folder informativo e outros itens promocionais da campanha.

A primeira-dama parou a feira acompanhada por uma pequena multidão de entusiastas. Visitou estandes, tirou fotos com crianças, pesquisadores e expositores. Além disso, recebeu informações da Secretaria de Políticas e Programas Estratégicos (SEPPE), sobre o projeto InterAntar: Ensino, Pesquisa e Extensão em Educação, Comunicação e Mediação das Ciências Polares; Conheceu o trabalho de monitoramento de desastres realizado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden); Os projetos de próteses desenvolvidos pelo CTI Renato Archer, e o Reator Multipropósito (RMB) da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), todas unidades vinculadas do MCTI.

Por Malu Sousa

Fonte: https://cfq.org.br/noticia/cfq-reforca-conexoes-e-amplia-dialogo-na-20a-semana-nacional-de-ciencia-e-tecnologia/