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Sistema CFQ/CRQs marca presença no principal evento da indústria química analítica da América Latina

Começou, nessa terça-feira (26), o principal evento da indústria analítica da América Latina, em São Paulo (SP).

A Analitica Latin America é considerada um ponto de encontro mundial da indústria química analítica, além de ser o principal elo entre a indústria e a academia. Entre os dias 26 e 28 de setembro, o Sistema CFQ/CRQs marca presença no evento, que reúne fornecedores, distribuidores, fabricantes e pesquisadores do setor, além de Profissionais da Química.

No ano passado, foram mais de 6,5 mil visitantes na feira. Neste ano, a expectativa é de que essa marca seja ultrapassada, com mais de sete mil pessoas. Para a conselheira federal Silvana Calado, que representa o presidente do Conselho Federal de Química, José de Ribamar Oliveira Filho, a feira é um espaço de integração e de conhecimento sobre o que há de mais moderno e sustentável no setor.

“O Sistema CFQ/CRQs tem uma ligação direta com a Química básica, que é a Química Analítica. E a importância de estarmos aqui é justamente mostrar à indústria química e aos Profissionais da Química o interesse em saber o que está sendo desenvolvido e feito em termos de inovação e sustentabilidade”, garantiu.

Além de Silvana, os conselheiros federais Suely Schuh, Djalma Nunes, José Ribeiro, Henio Melo e Ubiracir Lima, que será palestrante durante a feira, e representantes do Conselho Regional de Química da 4ª Região (CRQ IV-SP) participam dos três dias de Analitica Latin America no estande do Sistema CFQ/CRQs.

Congresso
Simultaneamente à Feira, ocorre o 9º Congresso Analitica, em que serão debatidos temas do mercado de alimentos, farmacêutico, controle de combustíveis, energias alternativas e Química Verde. Pelo segundo ano seguido, o Congresso fará parceria com o Encontro Nacional de Química Analítica (ENQA).

A abertura do evento, realizada na tarde de terça-feira, teve a participação da coordenadora da Analitica Latin America, Viviane Ferreira, e do professor da Universidade de São Paulo (USP) Thiago Paixão. Em seguida, na primeira palestra, o professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Rodrigo Muñoz e o docente na Universidade de São Carlos (UFSCar) Bruno Janegitz falaram sobre “Impressão 3D em Química Analítica – Sensores eletroquímicos”.

Muñoz destacou que a impressão 3D não é uma novidade, mas que ainda há diversas possibilidades para uso do equipamento. “Recentemente, foi produzida uma bola de basquete em 3D e a NASA investiga a possibilidade de usar poeira lunar para construir objetos na Lua ou em outros planetas, quem sabe. É algo diverso e amplo”, afirmou.

Para ele, uma das maiores vantagens da impressão 3D é a sustentabilidade. “O custo é baixo e ainda podemos contribuir para o desenvolvimento sustentável com essa ferramenta, pois o pesquisador já faz uso bastante reduzido do material de partida”, disse. “Um dos principais métodos utiliza filamentos poliméricos e pode-se fazer uso de biopolímeros, que são sustentáveis”, completou.

Nesse aspecto, Janegitz ainda acrescentou a possibilidade de reaproveitar materiais para a produção dos filamentos e citou um de seus trabalhos de pesquisa, no qual reciclou cápsulas de café gerando filamentos para impressão 3D.

Análise forense
A análise forense é uma das áreas em que a impressão 3D, na Química Analítica, pode ser aplicada. Ainda segundo Muñoz, a coleta de resíduos de disparo de armas de fogo, no passado, era feita com cotonete ou esparadrapo com um reagente colorimétrico, que reagia na presença de chumbo. Porém, os resultados eram muito inconclusivos e essa técnica, hoje, já não é tão utilizada. Atualmente, são utilizados microscópios eletrônicos de varredura, mas que ainda não são tão populares. “Hoje, com a impressão 3D, podemos ajudar nesse processo”, alegou. A proposta do grupo de pesquisa do professor é um dispositivo amostrador e sensor, impresso pela fusão de filamentos condutivos, para determinação de chumbo (Pb) e antimônio (Sb) a partir da análise potenciométrica.

Também durante a palestra, o professor Bruno Janegitz apresentou alguns trabalhos de Química Analítica realizados na UFSCar com impressão 3D, entre eles um que pretende verificar a qualidade da água por meio de testes colorimétricos; outro que utiliza um dispositivo para detectar a qualidade do mel diretamente do favo (por meio de uma célula eletroquímica, a partir de eletrodos); e um com o uso da impressão 3D para diagnóstico de vírus.

Na opinião dele, é preciso elevar o nível da discussão acerca da impressão 3D neste setor. “É preciso que essa conversa saia da academia e comece a chegar na indústria, precisamos fazer esse movimento.”

Fonte: https://cfq.org.br/noticia/sistema-cfq-crqs-marca-presenca-no-principal-evento-da-industria-quimica-analitica-da-america-latina/

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