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Frente Parlamentar visita Polo de Triunfo e busca chamar atenção para gargalos que minam produtividade

Pela primeira vez na atual Legislatura, a Frente Parlamentar da Química do Congresso Nacional promoveu uma atividade de visita às bases produtivas – no caso, ao Polo Petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul. O objetivo, como reforçou o coordenador da Frente Parlamentar, deputado federal Afonso Motta (PDT-RS), é conscientizar os parlamentares e, por extensão, a sociedade, de que a indústria química é basilar para a economia brasileira e que essa riqueza demanda atenção das autoridades e da população.

“É preciso também reforçar a mobilização dos parlamentares estaduais. Nos Estados que contam com polos petroquímicos, e cito São Paulo e a Bahia, já existem movimentações para que a Indústria Química receba uma atenção, uma frente parlamentar local em defesa de seus interesses. Já temos em São Paulo e acho que é dado o momento de fazermos uma mobilização especial na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul”, propõe Motta, em referência aos parlamentares estaduais que participaram da atividade.


A visita ao Polo de Triunfo, realizada ao longo da manhã do dia 14 de julho, mobilizou entidades ligadas a Química, como a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional (ABIPLA) e o Sistema CFQ/CRQs, que esteve representado pelo presidente do Conselho Federal de Química (CFQ), José de Ribamar Oliveira Filho, e pelo presidente do Conselho Regional de Química da 5ª Região (CRQ V – Rio Grande do Sul), Paulo Fallavena. A visita ao polo gaúcho foi a primeira organizada pela Frente Parlamentar desde que o Instituto Nacional do Desenvolvimento da Química (IdQ) assumiu a Secretaria-Executiva da Frente, dando mais assertividade às ações do parlamento voltadas ao tema.

“Foi um privilégio que nossa primeira atividade de campo neste mandato seja exatamente vir às unidades fabris para visitar os centros de inovação. A Química é isso, a Química é a responsável por trazer a novidade e produzir transformação”, afirma o diretor-presidente do IdQ, Paulo Engler.

Além do Centro de Inovação da Braskem, referido por Engler, a visita incluiu unidades das empresas Innova e Oxiteno – Indorama Ventures, três das empresas mais representativas do polo do Rio Grande do Sul. A comitiva conheceu as instalações, visitou salas de controle, e teve a oportunidade de fazer perguntas ao staff técnico das empresas, obtendo informações que oferecem uma noção do dia a dia da produção.

“Precisamos encontrar formas de construir o fortalecimento do setor da indústria petroquímica, que é muito importante para a economia do Rio Grande do Sul. Para o governo do Estado, esse setor está entre as prioridades. Temos clareza de que o segmento está em dificuldades para manter sua competitividade e vamos nos empenhar para que possamos ampliar a produção. Aqui no polo de Triunfo boa parte das indústrias têm capacidade ociosa para produzir mais”, destaca o secretário de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul, Ernani Polo, que representou o governador Eduardo Leite na visita.

O presidente da Abiquim, André Passos, considera que essa agenda no “chão de fábrica” é importante para gerar mobilização das autoridades e oferecer uma perspectiva do quanto pode-se perder se a indústria química brasileira não for tratada com o zelo que merece.

“Quando as conversas ficam apenas em Brasília, a tendência é que não se tenha a dimensão da complexidade de um setor como a indústria química. Quando a gente vem aqui e vê, fica evidente que a existência de uma empresa depende do trabalho de outra, em uma cadeia produtiva. Ver essa complexidade é, para nós, a principal experiência que uma visita como esta nos proporciona”, explica o executivo da Abiquim.


O presidente do CFQ, por sua vez, acredita que o momento delicado em que a indústria vive no Brasil – com déficit na balança comercial de produtos químicos e um cenário de queda constante do peso da indústria química na economia – só pode ser revertido com união das instituições que se ocupam da Química, entre elas o próprio Sistema CFQ/CRQs.

“Acreditamos que só a união, a integração, podem fazer com que a mensagem em favor da Química chegue a toda a sociedade. Tudo passa pela Química e ela precisa ser percebida pela população dessa maneira. O Sistema CFQ/CRQs está à disposição para ajudar todas as instituições envolvidas com a Química. Toda iniciativa que esteja relacionada à defesa da Química terá sempre nosso apoio”, pontua Oliveira Filho.

No Estado, a preocupação com o futuro da indústria química persiste mas, do ponto de vista da ocupação dos profissionais da Química, o presidente do CRQ-V avalia que outros setores da economia gaúcha estão em crescimento e absorvendo muitos talentos.

“A situação da indústria petroquímica, como vimos aqui hoje, é um indicativo de que temos de ter atenção. A produção de matéria-prima para outros setores da indústria faz com que haja uma dependência do que se produz aqui em Triunfo, ou seja, é fundamental para que a cadeia possa seguir se desenvolvendo. Mas entendemos, também, que no Rio Grande do Sul despontam outras vocações produtivas, como os setores de vinícolas e cervejarias, que estão atraindo muitos profissionais da Química”, comenta Fallavena, o presidente do Conselho Regional gaúcho.


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Fonte: https://cfq.org.br/noticia/frente-parlamentar-da-quimica-visita-polo-de-triunfo-rs-e-busca-chamar-atencao-para-gargalos-que-minam-produtividade/

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